
Dados
do Ministério da Saúde, referentes ao período de 2014 a 2017, mostram que a água
que abastece milhares de cidades do país está contaminada por agrotóxicos. Os
pesticidas, que são aplicados nas plantações para eliminarem pragas, terminam
sendo levados pelas chuvas para dentro dos reservatórios superficiais e subterrâneos.
No
Vale, a água de 14 cidades sofre contaminação química por 12 tipos diferentes
de agrotóxicos, metade desses pesticidas está na lista da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária como crônicos e causadores de câncer e distúrbios hormonais,
além de outros males à saúde humana.
As
cidades regionais onde foram detectadas a contaminação química são Conceição,
Piancó, Santana dos Garrotes, Olho d’Água, Diamante, Caiana, Igaracy, Nova
Olinda, Ibiara, Aguiar, Boa Ventura, Catingueira, Emas e Serra Grande. A Cagepa,
que monopoliza o fornecimento d’água na região, disse que a presença de
agrotóxico na água está dentro dos padrões aceitáveis e não causa risco à
população. Também argumentou que os dados foram apresentados ao Ministério da Saúde
pela própria companhia para cumprir uma mera exigência burocrática e se referem
à água bruta, ou seja, antes do tratamento.
Não
muito crentes nos argumentos da Cagepa, alguns vereadores de Serra Grande,
cidade com um dos mais altos índices de câncer do estado, pretendem investigar
a qualidade da água que chega à população urbana. Uma comissão legislativa de
meio ambiente e saúde pública está sendo criada na Câmara Municipal e terá a
participação de segmentos da sociedade civil, a exemplo de igrejas, escolas,
órgãos de saúde e associações comunitárias, para fortalecer o debate e a investigação
sobre o problema.
Fonte folhadovali
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