
Os casos de dengue na Paraíba neste ano de 2019 apresentaram
um aumento considerável, de acordo com boletim epidemiológico divulgado nesta
terça-feira (05) pela Secretaria de Estado da Saúde. De acordo com o documento,
de janeiro até outubro foram notificados 17.149 casos prováveis de dengue,
representando um aumento de 67%, comparado ao mesmo período de 2018.
Para chikungunya, foram registrados 1.243 casos prováveis, o
que corresponde a um aumento de 38%. Quanto à zika, o aumento foi de 18,65%,
com 388 casos notificados.
Ainda de acordo com o boletim epidemiológico, existe o
alerta para situação de risco de surto de dengue em 18 municípios paraibanos.
A SES alerta que a predominância das notificações
concentra-se na 1ª, 3ª, 5ª e 11ª Regiões de Saúde. Nessas regiões, estão os
municípios: Lucena, João Pessoa e Caaporã (1ª Região), Princesa Isabel, São
José de Princesa e Juru (11ª Região), Areia, Esperança e Alagoa Nova (3ª
Região) e São Sebastião do Umbuzeiro, Camalaú e Prata (5ª Região) com maiores
incidências da doença por 100.000 habitantes.
De acordo com o boletim, foram registrados 54 óbitos
suspeitos de arboviroses, sendo 10 confirmados para a dengue (01 em Bayeux,
Santa Rita, Solânea, Araruna, Cachoeira dos Índios, Soledade e Conde, e 03 em
João Pessoa), 03 para zika (02 em João Pessoa e 01 em Junco do Seridó) e 01
confirmado para chikungunya (Fangundes). Foram descartados 32 casos e 08 óbitos
ainda seguem em investigação.
A gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Talita
Tavares, afirma que é importante a organização e mobilização de gestores e
população para combater o mosquito. Ela explica que, de acordo com o
Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti, o LIRAa, 18 municípios
apresentaram índices que demonstram situação de risco para ocorrência de surto.
“Por isso, há a necessidade de fortalecer as ações agora para minimizarmos os
problemas em 2020”, afirma.
Talita alerta que os focos do mosquito, em sua maioria, são
encontrados nas residências. “Os focos do mosquito, na grande maioria, são
encontrados dentro de casa, quintais e jardins”, pontua. Ela reforça que, pelo
menos uma vez por semana, deve ser feita uma faxina para eliminar copos
descartáveis, tampas de refrigerantes ou outras garrafas, e, em especial, lavar
bem a caixa d'água e depois vedar.
Como combater – Não deixar água acumulada em pneus, calhas e
vasos; adicionar cloro à água da piscina; deixar garrafas cobertas ou de cabeça
para baixo são algumas medidas que podem fazer toda a diferença para impedir a
proliferação do mosquito Aedes aegypti e, consequentemente, o registro de mais
casos da doença, além de receber em domicílio o técnico de saúde devidamente
credenciado, para que as visitas de rotina sirvam como vigilância.
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